terça-feira, 28 de maio de 2013

O Vício na Internet

O vício em redes sociais é uma realidade presente na vida de muitos brasileiros. Desde seu advento, a internet cada vez mas vem conquistando espaço na vida população brasileira. A internet se tornou uma poderosa ferramenta para encurtar distâncias, agilizar processos e facilitar a vida de maneira geral. O problema é que foram surgindo outras dinâmicas, como sites de relacionamento, redes sociais e jogos, produzindo um fenômeno que tem alterado a rotina e a realidade das pessoas.
Um indivíduo que passa algumas horas conectada a internet, seja enviando e-mails, conectado a sala de bate-papo, realizando negócios ou jogando, pode ser considerado um ciberviciado. Alguns especialistas consideram o vício pela internet um “problema psíquico”. As mortes geradas pela compulsão à internet fizeram com que surgissem as “ciberviúvas”, são as esposas e namoradas de homens que morreram deste mal. Além disso, o cibervicio gera o “ciberadutério”, ocorre com pessoas que têm algum tipo de relacionamento fixo e mantém um relacionamento amoroso virtual. Muitos especialistas declaram que o cibervicio deveria estar listado juntamente com a cocaína, a heroína, entre outras drogas que geram vício.
Para Taynã Monique, 22, a internet é uma ferramente indispensável em sua vida. “A internet tem uma grau de importancia muito elevado na minha vida, nela eu acesso contas, faço pagamentos, compras, falo com quem esta longe, conheço pessoas. Acho que só não faço comer e tomar banho, pois até para trabalhar eu preciso dela”, relatou.
De acordo com artigo publicado este ano na revista científica americana PLoS ONE, o hábito de acesso a internet pode trazer riscos à saúde física e mental: avaliação feita com usuários assíduos mostrou que o vício está associado a alterações de humor, risco de depressão e sinais de abstinência, além de fazer com que o sujeito apresente traços de autismo. Entre os sintomas físicos, destacam-se taquicardia, sudorese, secura da boca e tremedeiras.
Outra pesquisa, conduzida no final de 2012 pela Universidade de Bonn, na Alemanha, levanta a hipótese de, em alguns casos, a culpa ser dos genes: haveria uma variação genética específica entre os obsessivos, que afetaria mais as mulheres. O panorama é tão grave que a próxima versão do Guia Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, publicação internacional dirigida a profissionais da saúde, deve incluir o vício na lista de distúrbios psiquiátricos.
                   O fato é que a internet proporciona um prazer quase imediato, ativando um sistema de recompensa no cérebro que estimula o usuário a querer repetir a sensação.
Outro ponto que contribui para o vício é a falsa ideia de que você pertence a um grupo, tendo a possibilidade de interagir com todos e podendo se apresentar como quiser, subtraindo em parte ou totalmente o que não gosta em si mesmo. O hiperconectado perde, mesmo, o controle sobre a prática. 

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